Friday, August 31, 2007

Desafio - esta sou eu!

A Dani me propôs esse desafio e como não fujo da raia, estou compartilhando aqui, sete fatos da minha vida. Lá vai:

1 – Meu nome é Claudia. Foi minha mãe quem escolheu, inspirado na Claudia Cardinale. É naquela época, era o cinema e não as novelas da Globo que influenciavam a escolha dos nomes dos bebês. Meu pai queria Flávia, mas prevaleceu a vontade da minha mãe. Gosto dele, só acho que tem Claudias demais, quando prestei vestibular pela primeira vez, tinham duas salas só de Claudias!!

2 – Nasci em 7 de setembro de 1968, em plena ditadura militar. Quando criança, achava o máximo os desfiles, me sentia homenageada!! Me lembro do “ame-o ou deixe-o”, dos cataventos verde e amarelo, das bandeirinhas. Nossa, eu era massa de manobra!!

3 – Quando criança, sonhava em conhecer Paris, porque tinha lido o almanaque Luluzinha de férias e ela viajava para um monte de lugares, mas o mais legal, era Paris. Bom, não é um sonho de infância não, ainda quero ir lá!

4 – Fui magérrima até os 13 anos, daí menstruei, engordei e desde então, brigo com a balança. Quer fazer uma dieta? Me pergunte! Conheço todas!

5- Meu sonho era ser arquiteta, mas a faculdade era muito cara e fui pra minha segunda opção, jornalismo. Hoje, sei que fiz a escolha certa, mas que ainda gosto muito de arquitetura, isso é verdade!

6 – Conheci meu marido na militância partidária. Ele veio com umas cantadas baratas e no começo, não gostei dele. Uma semana depois, estávamos namorando, um ano e meio depois nos casamos e isso já faz quase 15 anos!

7 – Eu dizia que não teria filhos. Engravidei por “acidente” da Luíza e 12 anos depois, novo “acidente”, o Pedro Henrique. Sou uma mãe “por acidente”, às vezes, erro, às vezes, acerto, mas sou imensamente feliz com meus dois presentes. Muito, muito feliz mesmo!

E aí, quer fazer igual? Fique à vontade!!

Wednesday, August 22, 2007

Amigas de verdade


Ontem cheguei em casa e lá estava à minha espera um pacote com três livros enviados pela Daniela, que nós do LV chamamos de DaniLondon, porque é lá que ela mora. Ela ofereceu os livros dia desses e como eu não tinha lido nenhum, me candidatei e a idéia é que assim que eu tiver terminado de lê-los, eu passe adiante pra quem mais tiver interesse nos títulos.
Achei a idéia muito legal e também cheia de gentilezas. Aliás, descobri no LV uma porção de amigas, gente que pensa como eu ou não, mas que tem um interesse comum, ser uma mãe melhor. Depois do LV, me desencanei de um monte de coisas e olha que eu sempre fui bem desencanada, mas as poucas culpas que eu nutria, foram quase todas embora. Sei que faço o meu melhor, que amo os meus filhos e que faço o suficiente dentro das minhas possibilidades – sou uma mãe que trabalha fora, que não tem rios de dinheiro pra gastar e que tem paciência limitada, mas essa sou eu e eu posso ir melhorando com o tempo, mas não vou mudar. O importante é que sou feliz e que meus filhos são felizes e saudáveis também.
E meu modo de pensar hoje se deve muito às minhas amigas do LV, de quem não fico longe nenhum dia, adoro saber das novidades, das conquistas, dar sugestões e receber. Enfim, tenho um contato muito mais próximo do que com as amigas de carne e osso! Santa Internet que nos propicia essas alegrias.
Ah, pra comemorar mais um dia feliz, fiz uma torta de morangos. Hummm, ficou ótima. A receita está lá na cozinha. Obrigada, Dani!

Monday, August 20, 2007

Novidades dos últimos dias

Fim de semana delícia. Começou com churrasquinho no escritório do marido na sexta à noite. Pedro Henrique se comportou como um lorde, brincou com todo mundo, foi no colo de quem o quisesse e não reclamou de ficar acordado até às dez. Com isso, mamãe, papai e Lu puderam aproveitar bastante.
No sábado, como nada é perfeito, fui fazer faxina. É incrível como facilmente a gente perde o controle da casa. A empregada, é na verdade babá do Pedro Henrique, o que significa que nas horas vagas, ela faz algumas coisas, mas a verdade é que minha cozinha estava muito suja e isso me mata! Fiz de tudo um pouco e agora posso dizer que voltei a ter uma cozinha limpa. À noite, passeio e pizza. Mais uma vez, Pedro Henrique se comportou bem (tô até estranhando).
No domingo, churrasco em casa, com as carnes que sobraram da sexta. O problema é que avisei os convidados pra não trazerem carne e hoje minha geladeira computa quase 70 latinhas de cerveja e mais um tanto de carne ocupa meu freezer. Pelo jeito, vamos ter que fazer outro churrasco. Quem merece isso? Vou tentar tirar uma foto da minha geladeira e amanhã coloco aqui. Parece um bar.
Novidades do Pedro Henrique:já dá uns cinco passinhos com firmeza sem cair e sem se apoiar em nada.
Brincou com o amiguinho Luiz Felipe na boa, até ele entrar na piscina de bolinhas, daí o menino ficou bravo. Rs
Acha que tudo é telefone e leva à orelha o controle remoto, o chinelo, as chaves, os brinquedos, diz “auuuu” e presta atenção na “ligação”.
Está cada vez mais interessado nos livrinhos. É a única coisa que o faz ficar quieto por um pouco mais de tempo.
Ganhou o DVD do Cocoricó e está adorando as musiquinhas, se tornou membro do fã-clube. rs
Come tuuudo, até pedra (literalmente)! Não pode ver ninguém comendo alguma coisa, que já pede, com olhares, com gritinhos ou metendo a mão na comida alheia.
Briga com a irmã. Assim que ela chega perto, já demonstra seus ciúmes, puxa os cabelos dela, dá tapas e "fala" uma porção de impromérios com cara e tom de quem não está gostando nada da aproximação.
Abandona qualquer brinquedo em troca de algo mais interessante: uma colher, chaves, papéis, canetas etc. Tudo isso são os sinais da evolução de um bebê prestes a completar 1 ano. Os convites pra festinha já estão praticamente entregues. Falta menos de duas semanas pra festa. Que delícia!

Wednesday, August 08, 2007

Minha Meta: menos 8 quilos em 3 meses

Meu problema com o peso não é de hoje. Na verdade, começou na adolescência. Eu tinha sido uma criança muito magrinha, mas na adolescência ganhei corpo e conseqüentemente peso. Desde então, me tornei uma especialista em dietas, já testei inúmeras, já tomei remédios pra emagrecer, fórmulas “naturais”, enfim uma doidice. Hoje, não entro mais nessa, remédios, nunca mais.
O problema é que estou extremamente insatisfeita com meu peso. Antes da gravidez, eu já estava 3 quilos acima do que considero meu peso ideal, ganhei mais 13 na gravidez, o que resultou em 16 quilos a mais. Perdi oito, mas ainda tenho oito quilos grudados na minha barriga e nos meus quadris. Quadril largo, eu sempre tive, mas barriga, eu não tinha e por isso, estou me sentindo horrorosa.
Voltei a fazer caminhada, reduzi as calorias, passei a contar os pontos, mas o ponteiro da balança não sai dos 69 quilos, um escândalo pra quem mede 1,69 m. Minha auto-estima foi pro espaço, minhas roupas não servem, um saco!
Resolvi dar um basta e sinceramente, espero que dessa vez a coisa funcione. Desde segunda-feira, estou caminhando de manhã e à tarde, parei de usar o elevador do trabalho e ontem passei por um ortomolecular. Ele fez um monte de perguntas, pediu vários exames, mas já adiantou que meu tipo sanguíneo (O+), não aceita determinados alimentos muito bem, que o metabolismo demora para processá-los e isso pode retardar o emagrecimento ou simplesmente impedi-lo.
Um dos meus maiores erros, na opinião do médico, é que como não tenho horário de almoço, faço um lanche com pão integral, verduras e queijo branco, mas na verdade, tenho que reduzir ao máximo o consumo de derivados de trigo e de leite, pois estes alimentos não me permitem emagrecer. Quer dizer, eu passava fome e não emagrecia porque aqueles eram os alimentos que eu não podia comer. Humpf!
Ainda vou fazer os exames, ainda vou começar a tomar as vitaminas, mas comecei hoje a dieta. Meu café da manhã, ao invés de leite cremosinho com Nescafé e pão francês com manteiga Aviação foi uma banana amassada com uma colher de aveia e uma pêra. No meio da manhã, comi uma barrinha light de cereais e no almoço, comerei uma salada variadíssima, uma maçã e um potinho de gelatina dieta. Ai, a vida às vezes, é tão dura! Mas eu vou chegar lá, minha meta é, perder oito quilos em três meses.

Tuesday, August 07, 2007

Amamentar é preciso

A foto da duplinha já é meio antiga, deve ter uns quatro meses
A amamentação não deve ser algo que se escolhe, deve ser um ato natural. Mas infelizmente, nem sempre funciona assim. Fatores culturais, emocionais, de saúde podem impedir uma mãe de amamentar seu filho, mesmo quando ela o queira fazer.
As campanhas pela amamentação estão aí pra incentivar, apoiar, tirar dúvidas, mas também podem ser extremamente opressoras ao apontar o dedo para aquela mãe que por algum motivo não conseguiu amamentar. Ela, com certeza, já está sofrendo sozinha, não precisa de mais ninguém para aumentar o seu drama.

No meu caso, não tive problemas. Amamentei pela primeira vez há 13 anos. Minha filha Luíza mamou logo que foi colocada no peito. Tive dores, rachaduras, mas rapidamente tudo se resolveu. Ela mamou até os seis meses, porque quando voltei a trabalhar e ela passou a mamar menos, meu corpo também passou a produzir menos leite, até que secou. Achei que foi muito pouco tempo, mas fiz o que era possível. Não é a toa que sou super a favor das campanhas pelo aumento da licença maternidade.

Há quase um ano atrás, nasceu meu segundo filho, o Pedro Henrique. Dessa vez, a amamentação foi muito mais tranqüila, tive um pouco de dor, mas não tive rachaduras nem sangramento e apesar de já ter voltado a trabalhar há seis meses, ele ainda continua mamando. Só mama a noite, quando está com sono. Mas não quer saber de abandonar o peito de jeito nenhum. Acho bonitinho ele terminar a mamadeira e procurar o peito, mas sei que hoje meu leite já não o alimenta como antes, afinal, ele mama no peito apenas uma vez ou duas no dia e por isso, a mamadeira tem uma função imprescindível na alimentação dele, mas enquanto ele quiser o peito pra sentir o calorzinho da mãe, vou continuar dando.
Mas volto a repetir sou contra toda e qualquer patrulha contra as mães que não conseguem amamentar. Devemos ser felizes e permitir aos outros que também o sejam. Sem radicalismos, porque às vezes, o politicamente correto pode funcionar como uma ditadura.



Estou na blogagem coletiva do Síndrome de Estocolmo

Thursday, August 02, 2007

Quem cansou fui eu!

Um texto um pouco diferente pra variar. Neste não falo de filhos, não falo da minha vida, mas falo da minha indignação. Como eu disse lá em cima, quem cansou fui eu!
O motivo é a “indignação” das elites, que resolveram fazer alguma coisa pelo Brasil – não sei se vão vestir camiseta preta, camiseta branca, se vão sair às ruas com flores nas mãos, se vão deitar no chão ou ficar peladas, o que eu sei, de antemão, é que mais uma vez, será um grande nada! Como sempre foi. Muito barulho por nada! Mas provavelmente vão sair na revista Caras.
Bom, já deu pra perceber que estou falando da campanha Cansei! Já aconteceu outras vezes, quando o PCC tomou conta de São Paulo, quando o menininho foi arrastado pelas ruas do Rio, enfim, já houve vários momentos de indignação das elites, mas e aí, o que aconteceu de fato? Nada! Porque vamos ser claros, o que é que as elites querem mudar? Nada! Pra eles, está tudo ótimo, no máximo querem se mudar pra Paris! A elite brasileira mora bem, come bem, se veste bem (às vezes!), tem boa saúde, boas escolas (o que não significa boa educação), segurança particular, enfim, não tem nada pra reclamar e na imensa maioria das vezes, os problemas brasileiros não chegam até ela. Então, na minha modesta opinião, parece mais um daqueles chás da tarde beneficentes, onde a mulherada sai na coluna social, come muitos croissants, biscoitinhos, mas que ao final se arrecada muito pouco.
Vi na Folha de S. Paulo de ontem, o João Dória Jr. (dono da carinha mais lisa do país), falando que “está na hora de se fazer alguma coisa”, então, mas o que é que vocês vão fazer mesmo? Depois vi o Doda e a Athina Onassis, dizendo que precisam fazer alguma coisa também e vão aproveitar a ocasião pra mostrar o bom desempenho do hipismo brasileiro no Pan (?). Gente, é piada, não é? Eu até estou tentando rir, ainda não consegui, mas acho que chego lá.
Olha, eu acho o seguinte, a elite brasileira deveria botar a mão na consciência, já que no bolso não vão botar mesmo pra se dar conta de que é essa elite que nas épocas de eleição apóia (inclusive financeiramente) políticos declaradamente corruptos, que foi a elite brasileira que apoiou a ditadura militar, que apoiou Collor e todos os políticos conservadores do país, que blinda seus carrões e contrata segurança particulares pra evitar todo e qualquer contato com a realidade do país, que sonega impostos (o mais grave!) como no ruidoso caso da Daslu, enfim, quem é mesmo que está querendo mudar alguma coisa?
Não vou defender o governo Lula, apesar de ter feito campanha durante 13 anos para elegê-lo, apesar de ter ajudado a elegê-lo nas duas vezes, porque hoje, acho realmente que é um governo medíocre, mas não pior que os anteriores, na verdade o que me indigna nesse governo é exatamente isso, ser igual aos outros, eu esperava mais, queria ver mais mudanças acontecendo, mas como o único caminho para a mudança é pelo voto, não consigo imaginar em quem mais eu poderia votar hoje.
Não quis com esse texto dizer que não existe ninguém com mais dinheiro no bolso que preste. Acho sim que tem gente preocupada com os rumos do país, com as crianças nas ruas, com a miséria, mas não são estes que estão na imprensa dizendo: cansei!

“A sua piscina está cheia de ratos, suas idéias não correspondem aos fatos.”