Tuesday, November 28, 2006

De tudo um pouco

Ontem, estávamos olhando um sofá pra colocar na sala de TV que está quase pronta, quando a Luíza me sai com esta: "Eu quero um sofá bem confortável, desses que já vem com o Djavan. Eu e o Pedro nos olhamos com cara de espanto, até que caiu a ficha. Ela quer um sofá com divã. Ah, então tá bom!


Minha colega do trabalho me liga pra dizer que a jornalista que está no meu lugar temporariamente está puxando o tapete dela, louca pra ser efetivada quando acabar a minha licença-maternidade. Por que as pessoas são assim? E por que estas estórias sempre se repetem?


No último sábado, conheci a Karin e a Viviane. Amigas que deixaram de ser virtuais pra se tornarem de carne e osso. E de coração também.


Comecei hoje oficialmente uma dieta. Nada muito radical porque estou amamentando, mas também porque eu não sou tão disciplinada assim. O objetivo é perder os seis quilinhos (quilões!!) que ainda restam da gravidez até que minha licença termine. Daí, vou me dar de presente um montão de roupas novas.

Amor de irmã


Luíza, num dia desses, se declarando ao irmão:
"Sabe que eu já te amava, mesmo antes de você nascer?"

Saturday, November 25, 2006

Soou o alarme

Eu sei que um dia a licença maternidade vai acabar e, ainda assim, em algumas situações até já reclamei da solidão que é esse período, da saudade de ter liberdade pra sair, pra fazer minhas coisas e até da saudade do trabalho, mas nesta semana caiu a ficha que o tempo está se esgotando.
O responsável pelo RH do meu trabalho ligou pra me lembrar que a licença termina no dia 18 de dezembro, mas que como eu tenho férias, devo voltar no dia 22 de janeiro.
Tá, tudo bem, tenho praticamente dois meses pela frente, mas deu um tremendo frio na barriga., porque inicialmente, estava tudo certo, o Pedro Henrique iria pro mesmo berçário em que a Luíza ficou durante vários anos, mas o problema é que não tem vagas. Na lista de espera, tem mais de 70 crianças, com sorte, eu consigo vaga pro pré. E aí, o que fazer quando voltar a trabalhar?
Os berçários são bastante caros e nem todos são realmente bons. Diante disso, o Pedro acha que a melhor solução é colocar uma babá em casa pra cuidar do Pedro Henrique. A Luíza teve uma babá, que é uma pessoa ótima, carinhosa, responsável e de total confiança, ainda não falamos com ela, mas sei que ela não está trabalhando. Apesar de não trabalhar mais conosco há tempos, mantivemos o contato e dia desses ela esteve aqui em casa pra conhecer o bebê. E recentemente ligou pra saber notícias dele e dizer que virá nos visitar novamente porque está com saudades. Estou aguardando, mas se ela não vier até o início de dezembro, vou ligar e fazer uma propsota. Tomara que ela aceite, senão, não tenho a menor idéia do que faremos.

Friday, November 17, 2006

Coisa mais bonita é você assim...

Quando o Pedro Henrique mama, ele segura firme com as duas mãozinhas na minha roupa, como quem diz, não foge não, mamãe.
Me olha o tempo todo nos olhos fixamente.
Às vezes, quando já mamou bastante, pára um instante e dá um sorriso ou conversa um pouquinho e depois volta a mamar.
Logo depois de tomar o suquinho de laranja lima ou o chazinho, já quer mamar de novo no peito, parece até que ele pensa que o suco ou o chá sai do meu peito, como se tivesse direito a mamadas com sabores diferentes.
Quando percebe que estou prestes a amamentá-lo, já se agita, ansioso e começa a rir de alegria.
Quando o peito escapa de sua boca, fica nervoso, começa a mexer as perninhas e tenta segurar o peito e trazê-lo de volta.
Quase sempre as mamadas terminam com ele em sono profundo.
E eu fico feito boba, beijando as mãozinhas e pezinhos enquanto ele mama.

Thursday, November 16, 2006

A "arte"de ter filhos

Ontem, recebemos em casa a visita da minha madrinha. Ela veio conhecer o Pedro Henrique. Ela também é minha madrinha de casamento, um amor de pessoa e tem duas filhas e um filho, que sempre foram primos bastante próximos, apesar de terem morado em São Paulo durante quase toda minha infância.
Mas a apresentação foi só pra ilustrar uma estatística comum em nosso país - a das adolescentes grávidas. Sempre fiquei pensando o que leva a uma gravidez indesejada, principalmente na adolescência. Muita gente fala em falta de informação e em alguns casos pode até ser, mas acho que são poucos.
O fato aqui é que uma destas minhas primas, tem um filha que engravidou aos 16 anos. Minha prima é gerente de banco, separada e educou a menina praticamente sozinha, mas sempre com muito diálogo, carinho e tudo o que o dinheiro pudesse comprar. Pois, a filha se envolveu com um bandidinho, que inclusive passou os dois últimos anos na cadeia. Ela teve o bebê, um menino lindo, que hoje é o xodó da família, mas na época, meu tio, que é avô dela e bisavô do menino quase infartou e ficou um bom tempo sem falar com a neta. Ele simplesmente não aceitava que aquilo estivesse acontecendo. Mas o tempo cura tudo.
Só que a estória não acabou, há cinco meses atrás, ela teve um outro menino, com um outro namorado. Como pode? Falta de informação não era, mas até poderia ser desculpa na primeira vez, mas agora.... de novo?
O resultado disso, é que ela tem 19 anos, dois filhos, não trabalha, não estuda, mora só com os meninos em uma casa que minha prima alugava, os pais das crianças não pagam pensão e quem sustenta os três é minha prima, que sempre foi linda, mas que envelheceu absurdamente nos últimos tempos e vive doente.
Eu fico pensando que ter filhos não é uma aventura, muito menos na adolescência, todos sabemos que acidentes acontecem, mas às vezes, eu acho que é muita irresponsabilidade ter filhos dessa forma e delegar as despesas e a educação à uma outra pessoa. Isso ninguém merece!

Monday, November 13, 2006

errata

esqueci de colocar o ano do show do New Order - 1988

Uma nova ordem

Sou uma pessoa super saudosista. Não daquelas que acham que tudo o que já aconteceu na vida é melhor do que está vivendo agora, mas do tipo que viveu intensamente, se divertiu muito, tem centenas de histórias pra contar e não se envergonha nem se arrepende de nada do que fez.
Tudo isso foi pra falar sobre um período da minha vida, entre o final da adolescência e começo da juventude, mas que eu chamo de adolescência mesmo, já que antes esse período parece que começava mais tarde e terminava mais tarde também. Enfim, vi no Jornal da Globo e também no Fantástico que o New Order está fazendo shows no Brasil, depois de uma longa ausência. Eu fui a um show deles em 19 e foi maravilhoso, era a realziação de um sonho, ver ali de pertinho (porque é claro eu fiquei no gargarejo) aqueles que faziam a trilha sonora da minha vida (em inglês, porque em português sempre foi o Legião Urbana). Dancei muito, gitei, enfim fiz tudo o que convém a uma fã. Agora, eles estão no Brasil de novo, cantando as músicas antigas e também as do Joy Division, meu Deus, deu uma vontade de estar lá. De matar as saudades daquela pessoa que eu fui, que só pensava em estudar, trabalhar pra consumir o que desse na telha, que devia estar apaixonada, mas nem me lembro por quem, que não tinha marido, filhos, que não tinha dívidas, que não tinha problemas. Mas que também se achava gorda, que não gostava do cabelo, que vivia amores platônicos, que vivia brigando com o pai e que não era tão feliz porque não tinha filhos, não tinha marido amado, não tinha um cantinho pra chamar de seu. Ai, como era bom, mas hoje é muito melhor, até gostaria de ir ao show, mas me contento em ficar ouvindo meus vinis, enquanto meu filhote dorme e minha filha adolescente, que também gosta de New Order, está na escola.

Tuesday, November 07, 2006

Encantado com o móbile

A primeira bermuda a gente nunca esquece

Eu quero plantar e colher com a mão a pimenta e o sal


Quando eu era criança, morava em uma casa com quintalzão, mas sem um único canteiro ou jardim, depois na adolescência, nos mudamos pra um apartamento, onde morei até me casar. Casados, moramos em vários imóveis, sempre pagando aluguel, quase sempre apartamentos, que por maiores que fossem, nunca nos permitiram ter uma horta, um jardim, enfim, terra!
Na casa que compramos e nos mudamos em maio, estamos pouco a pouco conseguindo garantir nossa cota de verde nesse mundo tão cinza. Na calçada, fizemos um pequeno canteiro com grama e flores. Do lado de dentro do muro, ainda vamos fazer uma floreira, mas já tem dois canteiros com trepadeiras, palmeiras e flores, que com a chegada da primavera, estão radiantes. Mas o melhor é o quintal, que é imenso e já está todo gramado. Já plantamos salsinha, salsão, coentro, alecrim, hortelã, erva-doce, pimenta, bálsamo, manjericão, tomate-cereja, maracujá, nêspera, lichia e uva niágara e itália. Ainda estamos planejando plantar jaboticaba, limão e amora e pra mim, não tem melhor sensação do que poder correr até o quintal e pegar uma erva pra tempero ou chá, é tudo mais saboroso e muito mais cheiroso.
E nesta semana, o pedreiro vai terminar um canteirão enorme, onde oficialmente será a nossa horta, daí sim eu vou poder comer orgânicos direto do meu quintal. Isso se chama felicidade!

*Foto do primeiro cachinho de uvas que colhemos no quintal

Wednesday, November 01, 2006

O tempo não para

Hoje o Pedro Henrique está completando dois meses. Parece que foi ontem, pois é, o tempo passa mesmo tão rápido que se não prestarmos atenção, acabamos perdendo momentos preciosos.
Não sei exatamente quando ele está medindo ou pesando, vou confimar isso na próxima consulta com o pediatra no dia 9, mas acho que já deve estar com uns seis quilos, pelo menos, é o que meus braços sentem. Até minha LER voltou, já que o danadinho adora um colo. Mas apesar disso, já passa mais tempo no carrinho ou no berço se tiver um brinquedinho por perto. Adora tudo o que é colorido, com luzes e sons, mas a preferência dele é por um quadro enorme que temos na sala de TV, amarelo o laranja. Ele fica um tempão olhando para aquilo é uma graça. Já gosta de arte. Ah, e adora música clássica também, fica um tempão prestando atenção. E quando não está fazendo nada disso, fica batendo "papo" com agente. Sim, ele é bem falante!
E eu fico por aqui, pensando que se bobear daqui a pouco vou estar cuidando da festinha de um ano, pois o tempo voa.