Tuesday, April 22, 2008

De uniforme


Essas fotos são dos primeiros dias de escola, eu achei que ia conseguir tirar fotos melhores, mas só dá pra tirar assim, sem que ele veja, senão ele corre em direção à máquina.
Aqui, ele está super concentrado, assistindo As pistas de Blue.
Não tá lindo?

Em casa que tem gatos folgados, quem tem uma cadeira, é rei!

A hora do sono

Eu sei que fiz errado, mas infelizmente, o Pedro Henrique se acostumou a dormir no meu colo. Por volta das 20h30, dava a mamadeira, no escuro, na poltrona do quarto dele e ao fim do leite, ele já estava dormindo. Mas depois que começou a ir pra escola, ele ficou ainda mais agitado e toda as noites, são cerca de 45 minutos depois da mamadeira pra fazer o menino dormir.
Ontem, foi um caso à parte, Pedro Henrique estava realmente decidido a testar minha paciência - ao terminar a mamadeira, começou a puxar a meia dos pés e disse a palavra mei umas cinquenta vezes, depois começou a puxar minhas orelhas, uma hora a direita, outra a esquerda, daí resolveu tirar a fivela do meu cabelo e junto, muitos fios, é claro! Não satisfeito, começou a dar barrigadas em mim e num determinado momento, bateu a testa na minha boca, doeu tanto e minha gengiva chegou a sangrar, ele por sua vez, caiu na gargalhada.
Depois disso, começou a se jogar pra trás, como se estivesse brincando de "serra, serra", não satisfeito, tentava subir no berço, que fica encostado na poltrona, tudo isso enquanto eu tentava acalmar o menino e fazê-lo dormir, com a paciência que naturalmente é pouca, já no limite. Nisso, marido começou a usar a furadeira no escritório que fica no andar debaixo. Aí eu surtei, dei uns gritos e a Lu desceu pra pedir pro pai parar com a ferramenta, aí como ele já estava começando a dormir, eu o coloquei no berço e fiquei dando tapinhas na barriguinha dele pra que ele dormisse mais rápido. Nada disso, ele começou a dar tapinhas na própria barriga também e depois, pegou minhas mãos pra que eu fizesse carinhos no rosto dele. Gente, eu não sabia se ria ou chorava. Foram 50 minutos contados no relógio, mas finalmente Pedro Henrique dormiu e pra minha sorte, até as 6h30, como todos os dias. Pelo menos isso -ele dorme a noite toda!
Mas, sinceramente, eu acho que não mereço isso, não!

Wednesday, April 16, 2008

Eu ganhei uma enteada

Desde que começamos a namorar, eu sabia que o Pedro tinha uma filha e que por uma série de motivos, ela tinha sido registrada por outra pessoa e esse era o pai oficialmente. Na época, marido era jovem e foi uma situação cômoda. É verdade que ele se ofereceu pra registrar e bancar financeiramente a menina, mas a mãe não aceitou, queria que ele se casasse com ela, o que ele não estava a fim.
Isso foi há 18 anos, nesses anos todos, marido viu a menina apenas duas vezes e teve contato com a mãe em mais outras duas ocasiões quando ela lhe pediu dinheiro pra roupas pra menina.
Bom, há duas semanas, a mãe procurou o Pedro dizendo que a menina já sabia de tudo – a avó paterna, que nunca a aceitou como neta, contou tudo – e que queria conhecê-lo. No dia seguinte, mãe e filha foram ao escritório do Pedro e ele me confessou que ficou nervoso, inseguro, mas que ao final deu tudo certo. Quer dizer, mais ou menos, né, porque ele descobriu que nesse intervalo de três dias entre saber que ela tinha um outro pai e conhecê-lo, a mãe tinha pintado uma caveira a respeito dele. Mas tudo bem, eu acho até compreensível que a mãe se sinta insegura, que tenha medo de perder a filha e tals, mas sinceramente, não precisava disso.
Bom, a convivência entre o Pedro e a filha está sendo ótima, ela está trabalhando no escritório, ele já está providenciando um cursinho pra que ela se prepare pro vestibular e ela tem almoçado todos os dias em casa, com ele e a Luíza.
Aliás, a Lu merece um capítulo à parte. É minha filha e eu tenho muito orgulho dela, do comportamento dela depois de saber da irmã, da recepção e tudo o mais. Sinceramente, é nessas horas que eu percebo que estou no caminho certo quanto à educação da minha filha. Não teve crise nenhuma, tá tudo bem. Ela inclusive ficou muito feliz, pois disse que sempre quis ter uma irmã mais velha, mas achava isso impossível e de certa forma, era, né? E soltou uma pérola: “fui filha única durante 12 anos, filha mais velha durante um ano e meio e há alguns dias ou a irmã do meio”. Que bom que ela mantém o humor. É um alívio saber que não teremos problemas em relação a isso.
Eu já conheci a menina, estivemos juntas por apenas 15 minutos, mas deu pra ver que ela é educada, doce, carinhosa e bem centrada, ao que parece, não dará trabalho mesmo. E não sei se isso tem a ver com já ser mãe, mas apesar de ainda não termos nenhuma convivência, já sinto muito carinho por ela.
A mãe continua tendo atitudes estranhas, egoístas, mas estamos tentando relevar. O mais engraçado é que ela disse que não quer que a filha tenha contato comigo. Por quê? Assim, eu me sinto a madrasta da Branca de neve – linda e má!! rs
E eu que sempre achei as palavras madrasta e enteada horrorosas, estou tendo de usá-las, não dá pra mudar, não.
Ah, marido está chateado com algumas atitudes da mãe, mas feliz da vida por ter resolvido essa pendência na vida dele. Até diz brincando que sua famosa dor nas costas deverá ser aliviada agora.
Resumindo, estamos felizes e a menina já é super bem vinda à nossa família.