Monday, July 30, 2007

O dia do batizado





A Luíza foi batizada meio a contragosto nosso. Não me considero católica, aliás a maioria que se diz católica, na minha opinião não o é. Mas tudo bem, cada um na sua. Voltando ao batizado, minha mãe insistiu muito pra que a Lu fosse batizada e eu acabei cedendo. Escolhemos uma cunhada minha para batizá-lo e me arrependo amargamente, porque ela não construiu nenhum vínculo com a menina, não sabe a data de seu aniversário, nunca ligou pra saber dela e, apesar de morarmos na mesma cidade, passa quase um ano sem vê-la. Paciência, a escolha foi minha, assumo o erro e diante das atitudes dela também fiz questão de me afastar e ponto final.
Já com o Pedro Henrique acredito que não teremos o mesmo problema, escolhi uma super amiga. Nos conhecemos desde o colégio e ela e o marido são ótimos e têm um carinho super especial pelo Pedro Henrique. Acho que fiz a escolha certa.
Os religiosos que me perdoem, mas gosto do batismo pelo apadrinhamento, por podermos escolher pessoas especiais pra acompanharem o crescimento da criança, não acredito muito nessa coisa de batizar pra tirar o pecado da criança. Que pecados um menino de 11 meses pode ter?! Ai, será que vou ser excomungada?

Bom, o batizado foi ontem e depois de uma maratona de missas. O Pedro Henrique se comportou super bem, não chorou nenhuma vez, só ficava apontando as luzes e os vitrais e batendo palminha. Um fofo. Depois do batizado, inauguramos a churrasqueira lá em casa. Ô coisa boa! Tirando o frio e o vento insuportáveis, foi um dia muito legal.

Wednesday, July 18, 2007

Hoje minha filha completa 13 anos


Hoje minha filha completa 13 anos.
Ela nasceu num dia muito frio, mais ou menos como hoje. Levou 18 horas pra nascer e quando finalmente nasceu, o médico veio me dizer que minha filha era ruiva! Como assim? Ruiva? Sim, ruiva linda, muito branquinha. E chorona. Meu Deus, como era chorona! Daquelas que pessoas que eu nunca tinha visto vinham me perguntar o que estava acontecendo.
E até hoje é manhosa, vive chamando: “mãe/pai, vem aqui ficar comigo?”
O tempo passou. Teve todos os aniversários comemorados com festinha, bolo e brigadeiro. Foi muito elogiada quando aprendeu a bater palmas, a engatinhar, a andar, a falar, a pedalar a bicicletinha, a beber com canudinho, a comer todos os legumes, a fazer bola de chiclete, a tomar banho sozinha, a pentear os cabelos, a andar de patins, de skate, nas apresentações do coral, do balé, da ginástica olímpica, nas competições de natação e capoeira, quando começou a sair com as amigas e ligava pra avisar que ia chegar mais tarde, nas boas notas da escola. Enfim, sempre, a cada minuto soube que é muito amada pelos pais.
Chorou de emoção quando o irmão nasceu e agora já briga com ele. Como qualquer pessoa, tem milhões de defeitos, mas muitos milhões a mais de qualidades. É linda, inteligente, educada. É minha filha e pra mim, vai ser sempre a menina mais especial do mundo.
Mas cresceu, deixou de ser meu bebê e minha menininha e está caminhando pra independência, como eu sempre quis, mas dá uma saudade, uma sensação de perda: cadê a bebéia que estava aqui? Aquela não existe mais. No lugar dela tem uma menina cheia de opinião, que gosta de rock, que usa roupas pretas, que adora a cultura japonesa, que é louca por animes e mangas, que adora McDonald’s. Enfim, que é um indivíduo, que tem gostos próprios e a maioria ela não herdou de mim. Porque ela é a Luíza e eu sou a Claudia
Bom, é isso – muitos e muitos anos de vida feliz pra ela e que eu possa viver muuuuito pra acompanhar tudo isso, lado a lado.

O texto daí debaixo me faz chorar, mas eu precisava publicá-lo.


“Não é a minha idade que determina que envelheço; é a idade de meus filhos. Costumo absolver minha erosão, dar um desconto às rugas e vincos, sair com a roupa malpassada do corpo, não me ameaçar com comparações do que fui e do que sou. Mas o que fazer quando sua filha completa 13 anos? Treze anos? Calma, não consegui absorver. Quando ela tinha 12, não parecia tão longe, ainda era possível brincar de gangorra e enganá-la com desculpas. Não mais a interessa uma piscina de 1000 litros. Muito menos poderei inventar penteados ou indicar roupas. Ela gosta de tudo o que não gosto. Sou o pai que ela precisa enfrentar, não mais o protetor que a colocou na bicicleta e retirou as rodinhas sem que percebesse. Resta-me esperar que ela tenha saudades de minha paternidade. Um dia, quem sabe, ver que algo ficou dos ciscos que soprei de seus olhos e descobrir que os ciscos são os meus olhos dentro dos seus. Hoje Mariana completa 13 anos. Treze. Desculpa a repetição, estou me habituando. É um choque. Antes brigava pela festa de aniversário, por bolo, brigadeiro, branquinho, amigos ao redor. Não a agrada mais o estardalhaço de crescer. Prefere que as velas queimem sozinhas, longe da enseada da boca. Aos treze, ela não quer comemorar, ela se conforma. De uma forma e de outra, terminou sua infância. Da adolescência vai para a vida adulta, sem volta. Não vou mais pegá-la no colo. Terei que tomar cuidado em não tocar em seus seios na hora de abraçar. Ela regula com minha altura. Pela primeira vez, não a olharei de cima. Ela me repreenderá mais do que concordará comigo. Sou obrigado a bater na porta para entrar. Nosso amor está cheio de cuidados e pudores. É um amor mais recôndito. Ela será grosseira ao telefone e nem irá reparar (fui igual com os meus pais). Estarei sempre a atrapalhando. Ao aguardar a ligação de um guri, telefonarei na hora. Fará o possível para que desapareça rápido. Monossilábica, pronunciará bala ou palha diante de minhas sugestões. Usará fones nos ouvidos e vai recorrer à mímica para expressar sua opinião. Dirá que não a entendo mais vezes do que o necessário. E não a entenderei mesmo. Chegou o momento de minha insônia, permanecer acordado mexendo a luz do abajur e da geladeira, até que ela volte das festas. Pais são sonâmbulos quando os filhos nascem e quando os filhos partem ao mundo. Terei que ser independente e justo, mesmo sofrendo de medo. Não receberei mais cartões e desenhos com a promessa de amizade eterna. É recomendável guardar um estoque de sua infância para visitar e não se desesperar com a falta de notícias. Deixarei de ser seu ídolo. Serei mais humano e falível. Ela só me elogiará quando não estiver junto, para não me influenciar. Minha filha tem treze anos. Ontem trocava suas fraldas, andava com um cueiro como manta, levava-a de carrinho para praça, enxergava seu riso trocando os dentes, serenava sua febre, mentia para viver mais de uma vez sua verdade. Era ontem, ela brincou de esconde-esconde e está debaixo da cama, com alguns anos que não percebi passar em seu rosto. O tempo não voa, a voz voa. Minha filha agora me põe a envelhecer.”


Fabrício Carpinejar

Friday, July 06, 2007

O arteiro






Tuesday, July 03, 2007

Minhas crias


Nossa, o blog ficou completamente abandonado por dias. Foi tanta correria no trabalho e em casa que não deu tempo de relatar as novidades, por isso, mais uma vez, vamos tirar o atraso e fazer um resumo das novidades:
No dia 1º o Pedro Henrique completou 10 meses! Como o tempo voa!
Já faz muitas artes: temos que ficar o tempo todo atrás dele, que não para um segundo. Quer pegar todas as chaves de casa, mexer nos armários da cozinha (ontem ficou com a cabeça entalada na porta de um deles), abrir as gavetas da sua cômoda (no sábado, prendeu a mãozinha nela), é louco pra pegar tudo o que tem no quarto da Luíza e lá tem muita coisa (ela já se acostumou a deixar a porta fechada), não deixa ninguém entrar no banheiro, fica batendo na porta e se deita no chão pra poder ver se tem movimento por debaixo da porta.
Adora música e fica dançando com as mãozinhas pro alto.
Já fica em pé sem se apoiar em nada e está ensaiando os primeiros passinhos.
Presta cada vez mais atenção nos brinquedos, mas fica com eles menos tempo do que eu gostaria. rs
Na TV, seus programas favoritos são as propagandas, principalmente as de shampoo e sabonetes (segundo a Luíza, ele será um menino muito limpinho!)
O batizado finalmente foi marcado e será no dia 28 de julho.
A festinha de aniversário também já foi marcada e o buffet escolhido. Será no dia 2 de setembro e o tema da festa será Arca de Noé (mesmo tema da decoração do quarto dele).

Aniversário da Luíza
No dia 18 de julho, a Lu completa 13 anos! E entrará oficialmente na adolescência.
O engraçado é que nós duas tivemos muitas crises quando ela estava entrando nos 12 anos, eram brigas, bate-bocas, um horror! Mas passou. É claro, que ela tem todas aquelas características dos adolescentes: dorme muito, vive com preguiça, só quer comer besteiras, adora consumir, vive na frente da TV, do computador ou do videogame, passa horas no msn com as amigas, só quer dormir muito tarde, quer usar umas roupas esquisitas, além de ter feito mechas laranjas no cabelo, enfim, tudo normal!
Mas o mais legal é ver que ela não é mais uma menininha, que já tem personalidade marcante, que sabe o que quer, que discute, argumenta com precisão e inteligência e também, que apesar das chatices, é educada, tem bom gosto, tem cultura, conhecimento do que acontece no mundo, enfim, não é uma alienada, como tantas por aí. Nossa, ela me enche de orgulho! Sou fã dessa menina!
Foto 1 - Pedro Henrique na casa de amigos
Foto2 - Luíza com mechas laranja nos cabelos