Licença-maternidade
Na gravidez, por coincidência, tive que fazer várias matérias sobre o projeto que amplia a licença-maternidade para seis meses e que é uma reivindicação do sindicato onde trabalho. Por isso, nada mais justo do que eu também reivindicar essa licença maior. Mas, como eu descobri tarde demais, que a filosofia dos meus chefes é o "faça o que eu digo, não faça o que eu faço", me negaram a licença de seis meses. Inicialmente, fiquei meio chateada com isso, mas agora estou pensando que talvez enlouqueceria se tivesse que ficar mais estes dois meses em casa. É claro que amo este tempo que estou passando com meu filho, é claro que quando estiver próximo de voltar ao trabalho, vou sofrer muito, gosto demais da minha casa e de ter tempo pra fazer coisas que antes não podia fazer, como estar em casa, na hora em que minha filha vai pra escola, mas quem está acostumada a trabalhar de segunda a sexta, sair, ver gente, conversar, se informar, ficar em casa é difícil.
Eu, que trabalho desde os 16 anos, não sei se conseguiria ficar muito tempo assim não. Por isso, admiro as mulheres que abrem mão de trabalho e carreira pra cuidarem dos filhos, porque não é uma decisão fácil e acho que envolve muito sofrimento e, o pior de tudo, é que ainda são criticadas, são vistas como inúteis, dondocas e coisas do tipo, como se não fosse hiper cansativo, cuidar da casa, dos filhos, do marido, cachorro, etc. Olha, sempre achei que quando terminava o final de semana, a segundona tinha um ar de novidade, com o retorno ao trabalho e não é à toa, é muito difícil ser "do lar" (ô expressãozinha feia e preconceituosa!)
6 Comments:
Oi Xará...
Ando numa correria danada, mal da tempo de visitar as casinhas.
Tb acho que não conseguiria largar o emprego totalmente. Realmente, "prendas domésticas" não é o que eu gostaria. Por outro lado, um redução de pelo menos duas horas no meu "expediente" seria bastante bem vinda.
Bjs
Cláudia
Eu concordo com o que a Cláudia disse. O que nos desgasta no dia-a-dia não é trabalhar, é saber que o trabalho consome todo nosso tempo. Acho que um meio-termo entre trabalhar e ficar em casa seria o ideal.
Beijos querida.
Claudia, eu também sou do seu time. Trabalho desde os 14 anos e nunca fiquei um dia sequer desempregada. Mas acho que eu ficaria os 6 meses da licença maternidade sim, meu coração ficou moído deixar minha pitica antes dos 5 meses no berçário. Além do que quando eu criei coragem e comecei a sair, visitar parentes, ir ao shopping sozinha com a Mariana acabou a brincadeira... rs
beijos!
Clau, eu entendo perfeitamente o que vc quis dizer! Eu parei de trabalhar devido a mudança do sul pra sp, aí eu engravidei. Meu marido e eu decidimos que eu ficaria em casa até que desse pra cuidar do Theo, mas estou ficando esgotada! Início do ano que vem ele vai pra escolinha e eu vou a cata de um trabalho. Estou precisando dar uma reciclada. Amo ficar com meu filho, mas nós dois estamos ficando de saco cheio de olhar um pra cara do outro 24h por dia! Essa mudança vai fazer bem pra nós dois!
beijinhos
Pois é, Cláudia. Eu também sou das que não aguentaria ficar em casa de jeito nenhum. Como já te falei, te entendo perfeitamente, e voltar a trabalhar é muito bom, sim. A gente sente falta dos filhos, claro, mas faz um bem enorme. Beijo, obrigada pela visita no blog e pela preocupação comigo, tá?
Cláudia , concordo contigo.Ficar em casa muito tempo , para quem sempre trabalhou não é fácil não.Mas também acho que uma jornada de 8 horas é muito para qum tem filho pequeno.Penso como a Rose , o ideal seria ficar um período com os filhos e o outro trabalhando.Será sonho ?
Beijos
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