Lu em versão cosplay
Quando é que os filhos deixam de ser mini-cópias dos pais?
Quando são pequenininhos, escolhemos as roupas, os brinquedos, os filmes, os canais de TV, a escola, os programas. E com o tempo, eles incorporam aquilo. Por exemplo, eu, que sou meio ditadora, não deixava a Lu assistir a Xuxa, ligava na Cultura e lá ela ficava horas assistindo Glub-Glub, Castelo Rá-Tim-Bum etc. Escolhia os CDs que ela deveria ouvir e o gosto musical dela foi altamente influenciado por mim. Hoje ela ouve bandas que eu nunca ouvi falar, mas os clássicos ela conhece todos, de Ramones a Beatles e nem todas as amigas dela têm esse conhecimento musical. Isso é coisa minha. E existem outros exemplos pra dar dessa suposta influência que eu tenho na pessoa que a Lu é hoje.
Mas, é claro que o mundo, a escola, as amigas, a TV, tudo isso contribui pra construir uma pessoa e a partir de uma certa idade, os pais passam a ser meros coadjuvantes nesse processo. E não adianta espernear, é importante estar por perto, mesmo que não ache tudo isso tão legal, você tem que se inteirar, tem que participar, é seu filho, você vai fazer o quê? E é impressionante que quando o filho entra na adolescência, você rejuvenesce porque começa a ficar por dentro dos assuntos, da moda, das músicas - pai não tem o direito de não saber o que rola na vida do filho. De jeito nenhum!
Bom, a Lu desde os sete, oito anos, começou a se interessar por desenhos japoneses, os animês (eu, quando criança, assistia A Princesa e o Cavaleiro, Ultraman, mas nunca achei aquilo muito interessante), até as festas de aniversário deveriam ter esse tema. Com dez anos, foi fazer um curso de mangá e o interesse só cresceu. Ao mesmo tempo, desenvolveu uma fixação pela cultura japonesa e hoje é quase uma especialista, tanto que depois das férias, deve começar a fazer um curso de japonês. Junto com todo esse conhecimento, veio o interesse pelos cosplays, eu que até então, nem sabia direito o que era isso, me vi procurando lojas, costureiras etc. Ela começou a participar de encontros, comprar roupas, perucas e no último fim de semana, esteve no Anime Friends, que é o maior encontro da América Latina da cultura pop japonesa. E lá estava ela e as amigas. O cosplay dessa vez foi o da Miyuki, do Hare Hare Yukai e elas fizeram até uma mini-apresentação da dança de abertura do programa. Eu queria ser uma mosquinha pra ter visto isso.
Bom, resumindo, a Lu não é mais uma miniatura da mãe. Ela é a Luíza, que tem gostos próprios, idéias, vontades e eu fico aqui assistindo cheia de orgulho da pessoa que ela se tornou. Amo essa menina!
6 Comments:
Cláudia, adorei ler tudo isso que vc escreveu, porque fico me colocando no seu lugar, sabe? rsrs. Imaginando que daqui a alguns (poucos!!) anos meus filhos serão pessoas com gostos e interesses próprios, e que eu irei adorar estar por dentro e acompanhando tudo. Na
verdade tenho uma adolescente dentro de mim, porque adoro várias coisas teen, hehehe.
A Lu ficou muito fofa com essa roupa, adorei!
Bjs, Flávia.
Cláudia,uma psicóloga americana causou uma revolução nas teorias da personalidade ao afirmar que o convívio com os pais é só um dos fatores que influenciam a personalidade dos filhos-e um dos menos importantes.Em seu livro,Judith Rich Harris fala que as relações das crianças com seus pares,são o grande definidor da personalidade adulta.
Mas as gêmeas iranianas siamesas, com DNA idênticos, e claro, mesma educação e mesmo meio, com personalidades totalmente díspares é um exemplo de que nem o ambiente nem a biologia conseguem explicar completamente porque a gente é o que é.
Mas eu não vim aqui pra isso e sim pra dizer que a Lu está linda, linda.Maravilhosa.Uma boneca japonesa mesmo.E voto no cabelo cereja.
Clau, em essência acho que a tarefa não muda não. Aprendermos junto com eles (eu que tenho filhos pequenos aprendo todos os dias com eles) e ajudá-los a terem capacidade para fazerem suas próprias escolhas. O que você disse apenas reforça minha convicção de que criar seres autônomos é uma tarefa que começa quando eles são bem pequenininhos. Adorei as fotos! E eu já sabia o que era cosplay...Bjão
Clau, ela tá linda, vc tem toda razão de ficar orgulhosa da filha que tem.
E adorei a roupa, quer dizer, o cosplay rsrs
beijos,
Rê
Linda sua filha Cláudia, qual mãe q n teria orgulho? Parabéns
she would just love it in the ass
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